#特朗普撤销农业产品关税 Deixo aqui um aviso para todos: neste momento, é mesmo melhor não pensar em apanhar o fundo do BTC.
A comunidade anglófona já está em alvoroço há duas semanas, mas parece que na esfera chinesa ainda não se percebeu a gravidade da situação — o pilar invisível que sustenta os preços dos ativos globais está a sofrer uma oscilação fatal.
Esse pilar chama-se Japão.
Porque é que, nas últimas décadas, os ativos globais valorizaram tanto? Não é porque a economia americana seja espetacular; a razão principal é que o Japão tem fornecido, continuamente, “capital a custos tão baixos que até choca”. Este é o clássico jogo do Carry Trade: contrair empréstimos em ienes, quase a taxa zero, e investir em ativos com retornos elevados — obrigações do Tesouro americano, ações tecnológicas, imobiliário e, claro, BTC.
São os milhares de milhões de dólares em ienes baratos que são o verdadeiro combustível da festa dos ativos globais.
Mas desde novembro deste ano, as regras do jogo mudaram completamente.
As yields das obrigações japonesas de longo prazo estão a traçar uma curva sem precedentes: os títulos a 20 anos aproximam-se dos 2,8%, e os a 40 anos já rondam os 3,7%. Isto não é um ajuste suave, é energia reprimida durante trinta anos a ser libertada de uma só vez.
O que significa esta mudança? Três reações em cadeia fatais:
Primeiro, o custo do crédito dispara. O financiamento em ienes já não é uma pechincha, o modelo matemático do carry trade entra em colapso.
Segundo, a volatilidade cambial aumenta. O iene deixa de ser estável, as instituições globais enfrentam chamadas de margem, são forçadas a fechar posições e a retirar-se de vários mercados.
Terceiro, o carry trade começa a “explodir ao contrário”. O unwind do carry trade não é uma hipótese teórica, é uma realidade com biliões a regressar ao Japão. Durante anos, o Japão inundou o mundo com liquidez; agora, ao apertar o cinto, a liquidez global seca num instante.
Se olhares para o desempenho do BTC nestes dias, vais perceber um facto cruel: todas as oscilações internas do mercado cripto não significam nada perante esta maré macroeconómica.
Sempre houve um pressuposto implícito no mercado: “O Japão não vai mexer muito.” Mas agora mexeu — e foi uma mexida que abalou os alicerces.
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DataChief
· 1h atrás
As operações do Japão realmente estão destruindo os empregos em todo o mundo, uma vez que o carry trade for desfeito, será um desastre.
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memecoin_therapy
· 1h atrás
O Japão desta vez superou-se mesmo, o unwind do carry trade é que é a verdadeira arma secreta... O círculo chinês ainda está a discutir preços para comprar na baixa, que risada.
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ProofOfNothing
· 1h atrás
O Japão se moveu e a liquidez global foi drenada... caramba, é por isso que nas últimas duas semanas parece que todo o mercado está murchando.
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GasFeeSobber
· 1h atrás
O Japão descontrolou-se, todos nós temos que pagar a conta. A reversão do fechamento de posição na arbitragem de juros realmente não há como escapar, querer comprar na baixa do BTC nesta altura é de fato um pouco ingênuo.
#特朗普撤销农业产品关税 Deixo aqui um aviso para todos: neste momento, é mesmo melhor não pensar em apanhar o fundo do BTC.
A comunidade anglófona já está em alvoroço há duas semanas, mas parece que na esfera chinesa ainda não se percebeu a gravidade da situação — o pilar invisível que sustenta os preços dos ativos globais está a sofrer uma oscilação fatal.
Esse pilar chama-se Japão.
Porque é que, nas últimas décadas, os ativos globais valorizaram tanto? Não é porque a economia americana seja espetacular; a razão principal é que o Japão tem fornecido, continuamente, “capital a custos tão baixos que até choca”. Este é o clássico jogo do Carry Trade: contrair empréstimos em ienes, quase a taxa zero, e investir em ativos com retornos elevados — obrigações do Tesouro americano, ações tecnológicas, imobiliário e, claro, BTC.
São os milhares de milhões de dólares em ienes baratos que são o verdadeiro combustível da festa dos ativos globais.
Mas desde novembro deste ano, as regras do jogo mudaram completamente.
As yields das obrigações japonesas de longo prazo estão a traçar uma curva sem precedentes: os títulos a 20 anos aproximam-se dos 2,8%, e os a 40 anos já rondam os 3,7%. Isto não é um ajuste suave, é energia reprimida durante trinta anos a ser libertada de uma só vez.
O que significa esta mudança? Três reações em cadeia fatais:
Primeiro, o custo do crédito dispara. O financiamento em ienes já não é uma pechincha, o modelo matemático do carry trade entra em colapso.
Segundo, a volatilidade cambial aumenta. O iene deixa de ser estável, as instituições globais enfrentam chamadas de margem, são forçadas a fechar posições e a retirar-se de vários mercados.
Terceiro, o carry trade começa a “explodir ao contrário”. O unwind do carry trade não é uma hipótese teórica, é uma realidade com biliões a regressar ao Japão. Durante anos, o Japão inundou o mundo com liquidez; agora, ao apertar o cinto, a liquidez global seca num instante.
Se olhares para o desempenho do BTC nestes dias, vais perceber um facto cruel: todas as oscilações internas do mercado cripto não significam nada perante esta maré macroeconómica.
Sempre houve um pressuposto implícito no mercado: “O Japão não vai mexer muito.”
Mas agora mexeu — e foi uma mexida que abalou os alicerces.