Assim que o William falou aquilo, as bolsas americanas recuperaram logo. O VIX caiu a pique e os investidores finalmente puderam respirar de alívio. O mais estranho é que, mesmo num fim de semana com uma liquidez péssima, o Bitcoin conseguiu ainda assim recuperar ligeiramente — embora a força compradora seja claramente insuficiente, pelo menos estabilizou por agora. Se continuasse a cair durante o fim de semana? Nem quero imaginar a que valores poderia chegar.

O maior receio do mercado neste momento não é simplesmente se vai haver ou não um corte nas taxas em dezembro. O que realmente assusta é que este arrastar dos pés da Fed acabe por atirar os EUA diretamente para uma recessão. Os dados de falências empresariais estão a subir, a taxa de desemprego também, e estes sinais são bastante preocupantes. Felizmente, os resultados da Nvidia ainda deram alguma confiança, mostrando que a bolha da IA, para já, ainda não rebentou.

O corte das taxas em dezembro é, na essência, um sinal da Fed: não vamos ficar de braços cruzados a ver a economia afundar. Mesmo que seja tarde, mais vale remendar o estrago. Mas se insistirem em manter as taxas altas e, para 2026, só previrem dois cortes? Para os mercados, isso é uma espada suspensa sobre as suas cabeças.

Olhando para os dados on-chain do Bitcoin, a taxa de rotatividade continua alta hoje. Parece que muita gente está a aproveitar o rebound como última oportunidade de fuga — os detentores com perdas estão a vender, especialmente quem comprou na queda dos últimos dias, com lucro ou prejuízo, querem sair rapidamente. O próximo passo depende muito do que fará a bolsa americana na segunda-feira.

Apesar da rotação intensa, a estrutura dos detentores não mudou. Dois suportes críticos de perdas continuam inabaláveis, sobretudo o nível dos 11,2 mil dólares, onde estão concentrados mais de 570.000 Bitcoins. Para ser sincero, nem eu imaginava que este número fosse tão exagerado.