Por que o PING de x402 é a próxima tendência de inscrições? Revisão da lógica operacional desde Ordinals até a cadeia Base

Recentemente, a Meme coin PING na protocolo x402 ganhou destaque, e muitas pessoas estão discutindo se a sua estratégia se assemelha à onda de inscrições do BTC em 2023. Para ser honesto, realmente parece — e essa semelhança é profunda até à essência.

Semelhança central: dados na cadeia + direito de interpretação fora da cadeia

Como funciona a inscrição? Os usuários enviam transações para a rede principal do BTC, possuindo UTXOs específicos, mas a rede principal do Bitcoin em si não sabe que isso é uma “cunhagem de inscrições”. O que realmente lhe dá significado é o indexer Ordinals — ele escaneia todas as transações na cadeia, seguindo regras personalizadas como “First is First”, decidindo quais transações são “inscrições válidas”.

E o modo de jogar do PING? Quase a mesma lógica. Os usuários enviam USDC na cadeia Base para um endereço especificado (que é retornado dinamicamente pelo x402scan). A cadeia Base não sabe que isso é uma ação de mint; para ela, é apenas uma transferência comum de ERC20. A verdadeira “mágica” acontece fora da cadeia — o indexer x402scan escaneia as transferências de USDC na cadeia, decide o que é um mint válido com base nas regras (1 USDC = 5000 PING), e registra tudo numa base de dados fora da cadeia, distribuindo tokens via contrato.

A forma é diferente, mas o núcleo é o mesmo. Ambos utilizam a combinação de dados na cadeia + direito de interpretação fora da cadeia.

Pontos desagradáveis

Quando as inscrições surgiram, a equipe do Bitcoin Core resistiu bastante — achando que era só lixo acumulado na rede BTC. Sob essa perspectiva, a existência do PING também é bastante embaraçosa. Mas, assim como o BTC, o x402 é um padrão aberto, e a curto prazo, essa situação não mudará.

Mais irônico ainda, é que ao fazer inscrições, pelo menos o ativo fica gravado na cadeia do BTC; mesmo que ninguém queira, ainda dá para resgatar algum BTC. Mas o dinheiro gerado pelo Mint PING? Todo vai para a carteira de tesouraria designada pelo x402scan. Em outras palavras, a equipe faz crowdfunding e emite tokens ao mesmo tempo, enquanto o protocolo x402 é explorado de forma gratuita.

Por que isso, na verdade, é uma coisa boa

Não se precipite em criticar. Essa estratégia na verdade funciona como um “sinal de avanço” — para divulgar a pista x402 e criar cenários de uso, o efeito é imediato. Em certa medida, também é um teste de resistência ao protocolo x402, podendo ser considerado um evento singular na narrativa do x402, impulsionando melhorias e inovações no ecossistema.

Próximos passos: competição entre várias correntes

Vai evoluir como as inscrições? Vai. A essência do PING é o indexer x402scan, mas óbvio que há problemas: os ativos estão sob custódia de entidades centralizadas, o que viola o propósito do x402 de construir canais de pagamento para AI Agents; há dúvidas sobre compatibilidade com outras aplicações x402; falta uma norma unificada de mint, transferência e queima.

Seguindo a trajetória de evolução de BRC20→ARC20→SRC20→Runes, certamente surgirão vários “planos mais ortodoxos”. Alguns vão melhorar a custódia, outros vão alterar as formas de transação, e alguns podem buscar suporte de protocolos nativos. Mesmo que o x402scan feche ou a tesouraria envie dinheiro de forma fraudulenta, essa onda não será impedida — a caixa de Pandora já foi aberta.

Palavras finais

A explosão da narrativa x402 é inevitável, e o PING apenas deu o sinal de avanço. Como ela evoluirá, há inúmeras possibilidades. Essas opiniões são apenas uma reflexão lógica, sem constituir conselho de investimento. Mas, certamente, vale a pena acompanhar o que vem por aí.