O mercado de prata atingiu uma nova alta emocionante! Como os investidores em Taiwan devem aproveitar as oportunidades de investimento em ETFs de prata?
O mercado de prata em 2025 enfrenta uma onda de forte valorização. Os preços à vista de prata em Londres ultrapassaram pela primeira vez a marca de 60 dólares por onça em 9 de dezembro, seguindo uma escalada contínua, atingindo um máximo histórico de 64,6 dólares por onça. Este ano, a valorização da prata já superou 100%, tornando-se um dos ativos com melhor desempenho.
Por trás desta tendência de alta, estão fatores como a expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve, a tensão na oferta global de prata e a inclusão oficial da prata na lista de minerais críticos dos EUA, entre outros fatores positivos. Em comparação, a valorização da prata não só superou o ouro em mais de 60%, como também liderou o índice Nasdaq, com cerca de 20%, demonstrando seu destaque na alocação de ativos neste ano.
O banco de investimento internacional UBS também mantém uma visão otimista, elevando o preço-alvo da prata para 2026 para a faixa de 58 a 60 dólares por onça, sem descartar uma possível alta até 65 dólares por onça.
Por que investir em ETF de prata?
Diante do entusiasmo pelo mercado de prata, muitos investidores iniciantes começam a pensar em como participar. Em comparação com a compra física de prata ou contratos futuros, os ETFs de prata, devido à sua facilidade de compra e venda, alta liquidez e baixos custos, vêm se tornando a principal escolha dos investidores em Taiwan.
O que é um ETF de prata
Um ETF de prata é, essencialmente, um fundo de investimento que acompanha o preço da prata. Os investidores não precisam possuir prata física, podendo participar do mercado adquirindo cotas do fundo. A lógica de funcionamento é simples — o valor líquido do fundo oscila conforme o preço da prata sobe ou desce. Assim como ações, os ETFs de prata são negociados na bolsa de valores, permitindo compras e vendas a qualquer momento durante o pregão.
Em comparação com o investimento tradicional em prata física, que exige armazenamento próprio, os ETFs oferecem uma forma mais conveniente de participar do mercado. Os investidores evitam a complexidade de armazenamento e ganham em liquidez.
Como os ETFs acompanham o preço da prata
Os ETFs de prata geralmente utilizam duas estratégias principais para replicar o desempenho do mercado de prata. Uma é a posse direta de barras físicas de prata, e a outra é a utilização de instrumentos derivativos, como contratos futuros ligados ao preço da prata. Independentemente do método, o valor líquido do ETF acompanha de perto o cotado à vista — se o preço da prata sobe 5%, o valor do fundo também aumenta aproximadamente 5%; se cai, a mesma proporção.
Prata física vs ETF: considerações práticas dos investidores
Embora a prata física ofereça a vantagem de “ver e tocar”, o investimento real apresenta diversos problemas. Primeiramente, há custos de armazenamento, como aluguel de cofres ou taxas de armazenamento especializado. Guardar em casa também implica riscos de oxidação, roubo ou dano.
Além disso, o processo de compra e venda de prata física é bastante complexo, exigindo que o investidor procure lojas confiáveis ou comerciantes de metais preciosos, enfrentando spreads de 5-6%. Verificar pureza e autenticidade também gera custos adicionais, que corroem os retornos. A liquidez da prata física é baixa, dificultando vendas rápidas em emergências, e os preços de compra por lojas variam bastante.
Em contrapartida, os ETFs de prata oferecem uma alternativa eficiente para investidores em Taiwan. Transformam o ativo físico em um produto financeiro, permitindo que o investidor compre ou venda a qualquer momento através de uma conta de corretora, como se fosse uma ação. A liquidez é muito maior do que a da prata física, além de eliminar a necessidade de transporte e armazenamento.
Produtos principais de ETFs de prata no mercado de Taiwan
Os ETFs de prata disponíveis no mercado apresentam diferentes características, e os investidores devem escolher de acordo com seu perfil de risco e horizonte de investimento.
Referência global: SLV
iShares Silver Trust (SLV) é o ETF de prata mais conhecido e de maior escala mundial, gerido pela Blackrock. Lançado em abril de 2006, possui atualmente mais de 30 bilhões de dólares em ativos sob gestão. O fundo possui como ativo principal prata física, mantida em nome do fundo pelo JPMorgan Chase. Adota gestão passiva, não comprando ou vendendo prata ativamente para capturar movimentos de mercado, apenas vendendo pequenas quantidades periodicamente para cobrir custos operacionais. Sua taxa de administração é de 0,50%, e acompanha o preço de referência da prata do LBMA.
Opções com alavancagem: AGQ e ZSL
ProShares Ultra Silver (AGQ) busca oferecer o dobro do retorno diário do índice Bloomberg Silver, usando contratos futuros e outros derivativos, com taxa de 0,95%. Destina-se a investidores que desejam amplificar a exposição às oscilações do preço da prata em curto prazo. Devido ao efeito de juros compostos e à deterioração de alavancagem ao longo do tempo, o AGQ é recomendado apenas para operações de curto prazo, não devendo ser mantido por períodos longos.
ProShares UltraShort Silver (ZSL) oferece uma exposição inversa de 2 vezes ao preço da prata, ou seja, busca retorno negativo de 2x do índice LBMA Silver, também com taxa de 0,95%. É voltado para investidores que querem se proteger contra quedas ou especular na baixa do preço da prata. Sua característica de alavancagem e inversão faz com que seja adequado apenas para operações de curto prazo.
Fundo fechado de prata física: PSLV
Sprott Physical Silver Trust (PSLV), lançado em outubro de 2010, possui cerca de 12 bilhões de dólares em ativos. Diferentemente de ETFs tradicionais, que mantêm uma quantidade variável de cotas criadas e resgatadas, o PSLV emite unidades fixas, cujo preço de mercado é determinado pela oferta e demanda. Isso pode gerar descontos ou prêmios em relação ao valor patrimonial. Apesar da estrutura diferente, é bastante popular por oferecer exposição pura à prata física. Sua taxa de administração é de 0,62%, e permite resgate físico mediante solicitação, sendo indicado para investidores de longo prazo.
Ações de mineração: SLVP
iShares MSCI Global Silver and Metals Miners (SLVP), lançado em janeiro de 2012, gerencia cerca de 600 milhões de dólares. Investe em ações de empresas globais de exploração e mineração de prata e metais, com taxa de 0,39%. Distribui dividendos semestralmente, com rendimento inferior a 0,5%. Contudo, apresenta alta volatilidade, grande erro de rastreamento e frequentes mudanças na composição, tornando sua performance menos previsível e com spreads mais amplos.
Opção listada em Taiwan: Future Avenue Silver ETF (00738U)
Lançado em maio de 2018 e listado em junho do mesmo ano, acompanha o índice de retorno excessivo da prata do Dow Jones. Investe em contratos futuros de prata no COMEX, com taxa de 1%. Classificado como de “alta volatilidade”, não distribui dividendos.
Canais de compra para investidores em Taiwan
Opção 1: Corretoras locais com subconta — método principal e seguro
Através de corretoras locais (como Fubon, Cathay, Yuanta, Mega, etc.) que operam com corretoras estrangeiras, é a forma mais comum de investir em ETFs de prata internacionais em Taiwan.
Procedimento: Abrir uma conta de subconta (online ou presencialmente), preparar documentos e dados bancários; escolher liquidação em moeda local ou estrangeira; usar o app ou site da corretora para buscar o código do ETF (como SLV); muitas suportam compras periódicas automáticas.
Vantagens: Regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários, maior segurança; impostos (como retenção de dividendos) são tratados pela corretora; não há necessidade de transferir fundos ao exterior, menor risco.
Desvantagens: Custos de corretagem relativamente altos; opções de negociação limitadas.
Opção 2: Abrir conta no exterior — custos menores
Negociar diretamente via plataformas de corretoras estrangeiras, eliminando intermediários, reduzindo custos e ampliando opções.
Procedimento: Abrir conta online na corretora estrangeira, preparando passaporte, identidade, comprovante de endereço, dados bancários; fazer transferência internacional (dólar ou euro); usar o app ou site para comprar.
Vantagens: Custos de corretagem muito baixos (muitos isentos ou com taxas fixas reduzidas); ampla variedade de ETFs globais; suporte a ferramentas avançadas como opções e margem.
Desvantagens: Interface em inglês em muitas corretoras; questões fiscais e de remessa de fundos ficam por conta do investidor (ex.: retenção de 30% de dividendos nos EUA, que deve ser declarado para reembolso); risco de remessas ao exterior com menor proteção legal.
Considerações fiscais sobre ETFs de prata
Para investidores em Taiwan, os aspectos fiscais ao comprar ETFs de prata dependem do tipo de ETF e da origem dos rendimentos. Como a maioria dos ETFs de prata são produtos de commodities, com baixa distribuição de dividendos, a retenção de imposto nos EUA e o imposto sobre dividendos em Taiwan geralmente não são problemas principais.
ETFs de prata listados em Taiwan: considerados como ações locais, isentos de imposto na compra, com imposto de 0,1% na venda.
ETFs de prata listados no exterior: ganhos de investidores taiwaneses provenientes de ETFs de prata nos EUA são considerados rendimentos de propriedade no exterior, sujeitos à tributação de renda estrangeira. Segundo a legislação, rendimentos de até 1 milhão de dólares taiwaneses por ano estão isentos do imposto mínimo; acima disso, o valor total é incluído na base de cálculo do imposto de renda, com alíquota de 20% sobre o excesso, após dedução de uma isenção de 7,5 milhões de dólares.
Se o investidor tiver perdas em operações de propriedade, pode deduzir essas perdas na declaração, o que é uma vantagem fiscal importante.
Panorama das formas de investir em prata
Existem várias formas de investir em prata, cada uma com vantagens e desvantagens.
ETF de prata: fácil de comprar e vender, alta liquidez, sem necessidade de armazenamento, custos baixos, sem risco de roubo, ideal para iniciantes. Contudo, os custos reduzem o retorno de longo prazo, e não há posse física, podendo haver desvios no rastreamento. Em 2025, a rentabilidade estimada é cerca de 103% após custos, ligeiramente abaixo do aumento do preço da prata.
Prata física (barra): oferece posse real, maior segurança em crises, sem risco de contraparte. Mas custos de armazenamento (1-5% ao ano), risco de roubo, baixa liquidez, spreads e comissões de até 5-6%. Após descontar prêmios, custos de armazenamento e venda, o retorno líquido em 2025 fica entre 95-100%, mais adequado para longo prazo do que para operações de curto prazo.
Futuros de prata: alavancagem elevada, permite controlar grandes posições com pouco capital, suportando operações de alta e baixa. Contudo, o risco é alto, pois a alavancagem pode ampliar perdas até o valor do capital investido, exigindo monitoramento constante e altas margens. Se a direção estiver correta, uma alavancagem de 2x pode gerar mais de 200% de retorno em 2025, mas se errada, as perdas também se ampliam.
Ações de mineração de prata: como ETFs de mineradoras (ex.: SIL), proporcionam efeito de alavancagem pelo crescimento das empresas. Em 2025, podem valorizar cerca de 142%, superando a alta do preço da prata. Porém, envolvem riscos de gestão, regulação, custos, além de maior volatilidade.
Lista de riscos ao investir em ETFs de prata
Apesar da alta liquidez e acessibilidade, os ETFs de prata apresentam riscos que não podem ser ignorados.
Volatilidade de preços: a prata é mais volátil que ouro e ações. Mesmo com valorização de mais de 100% em 2025, historicamente há quedas bruscas, podendo gerar perdas rápidas no curto prazo. Assim, são mais indicados para investidores com alta tolerância ao risco.
Risco de desvios de rastreamento: ETFs de futuros podem ter retorno inferior ao do mercado à vista devido a custos de rolagem; os de posse física, embora mais precisos, têm custos anuais de 0,4-0,5%, que corroem o retorno ao longo do tempo.
Risco cambial e fiscal: ETFs listados no exterior estão sujeitos a variações cambiais e às questões fiscais de renda estrangeira, que o investidor deve estar atento.
Fatores de mercado complexos: o preço da prata é influenciado por geopolítica, demanda industrial (solar, eletrônica), política monetária global, entre outros, dificultando previsões precisas.
Conclusão
Do ponto de vista de alocação de ativos, os ETFs de prata oferecem uma ferramenta prática para quem deseja participar do mercado de prata. Eles resolvem problemas de armazenamento e entrega do ativo físico, oferecendo liquidez e facilidade de negociação, sendo especialmente indicados para investidores que não querem lidar com custos de gestão de bens físicos.
Por outro lado, é importante reconhecer que o preço da prata é bastante volátil, influenciado por fatores industriais e especulativos. Os diferentes ETFs de prata variam em taxas de gestão, métodos de rastreamento (com ou sem alavancagem, posse física ou derivativos). Recomenda-se diversificar a carteira, evitando concentração excessiva em um único produto, e revisar periodicamente o mercado e a própria posição, para garantir que as decisões estejam alinhadas ao perfil de risco do investidor.
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O mercado de prata atingiu uma nova alta emocionante! Como os investidores em Taiwan devem aproveitar as oportunidades de investimento em ETFs de prata?
Análise detalhada do mercado de prata
O mercado de prata em 2025 enfrenta uma onda de forte valorização. Os preços à vista de prata em Londres ultrapassaram pela primeira vez a marca de 60 dólares por onça em 9 de dezembro, seguindo uma escalada contínua, atingindo um máximo histórico de 64,6 dólares por onça. Este ano, a valorização da prata já superou 100%, tornando-se um dos ativos com melhor desempenho.
Por trás desta tendência de alta, estão fatores como a expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve, a tensão na oferta global de prata e a inclusão oficial da prata na lista de minerais críticos dos EUA, entre outros fatores positivos. Em comparação, a valorização da prata não só superou o ouro em mais de 60%, como também liderou o índice Nasdaq, com cerca de 20%, demonstrando seu destaque na alocação de ativos neste ano.
O banco de investimento internacional UBS também mantém uma visão otimista, elevando o preço-alvo da prata para 2026 para a faixa de 58 a 60 dólares por onça, sem descartar uma possível alta até 65 dólares por onça.
Por que investir em ETF de prata?
Diante do entusiasmo pelo mercado de prata, muitos investidores iniciantes começam a pensar em como participar. Em comparação com a compra física de prata ou contratos futuros, os ETFs de prata, devido à sua facilidade de compra e venda, alta liquidez e baixos custos, vêm se tornando a principal escolha dos investidores em Taiwan.
O que é um ETF de prata
Um ETF de prata é, essencialmente, um fundo de investimento que acompanha o preço da prata. Os investidores não precisam possuir prata física, podendo participar do mercado adquirindo cotas do fundo. A lógica de funcionamento é simples — o valor líquido do fundo oscila conforme o preço da prata sobe ou desce. Assim como ações, os ETFs de prata são negociados na bolsa de valores, permitindo compras e vendas a qualquer momento durante o pregão.
Em comparação com o investimento tradicional em prata física, que exige armazenamento próprio, os ETFs oferecem uma forma mais conveniente de participar do mercado. Os investidores evitam a complexidade de armazenamento e ganham em liquidez.
Como os ETFs acompanham o preço da prata
Os ETFs de prata geralmente utilizam duas estratégias principais para replicar o desempenho do mercado de prata. Uma é a posse direta de barras físicas de prata, e a outra é a utilização de instrumentos derivativos, como contratos futuros ligados ao preço da prata. Independentemente do método, o valor líquido do ETF acompanha de perto o cotado à vista — se o preço da prata sobe 5%, o valor do fundo também aumenta aproximadamente 5%; se cai, a mesma proporção.
Prata física vs ETF: considerações práticas dos investidores
Embora a prata física ofereça a vantagem de “ver e tocar”, o investimento real apresenta diversos problemas. Primeiramente, há custos de armazenamento, como aluguel de cofres ou taxas de armazenamento especializado. Guardar em casa também implica riscos de oxidação, roubo ou dano.
Além disso, o processo de compra e venda de prata física é bastante complexo, exigindo que o investidor procure lojas confiáveis ou comerciantes de metais preciosos, enfrentando spreads de 5-6%. Verificar pureza e autenticidade também gera custos adicionais, que corroem os retornos. A liquidez da prata física é baixa, dificultando vendas rápidas em emergências, e os preços de compra por lojas variam bastante.
Em contrapartida, os ETFs de prata oferecem uma alternativa eficiente para investidores em Taiwan. Transformam o ativo físico em um produto financeiro, permitindo que o investidor compre ou venda a qualquer momento através de uma conta de corretora, como se fosse uma ação. A liquidez é muito maior do que a da prata física, além de eliminar a necessidade de transporte e armazenamento.
Produtos principais de ETFs de prata no mercado de Taiwan
Os ETFs de prata disponíveis no mercado apresentam diferentes características, e os investidores devem escolher de acordo com seu perfil de risco e horizonte de investimento.
Referência global: SLV
iShares Silver Trust (SLV) é o ETF de prata mais conhecido e de maior escala mundial, gerido pela Blackrock. Lançado em abril de 2006, possui atualmente mais de 30 bilhões de dólares em ativos sob gestão. O fundo possui como ativo principal prata física, mantida em nome do fundo pelo JPMorgan Chase. Adota gestão passiva, não comprando ou vendendo prata ativamente para capturar movimentos de mercado, apenas vendendo pequenas quantidades periodicamente para cobrir custos operacionais. Sua taxa de administração é de 0,50%, e acompanha o preço de referência da prata do LBMA.
Opções com alavancagem: AGQ e ZSL
ProShares Ultra Silver (AGQ) busca oferecer o dobro do retorno diário do índice Bloomberg Silver, usando contratos futuros e outros derivativos, com taxa de 0,95%. Destina-se a investidores que desejam amplificar a exposição às oscilações do preço da prata em curto prazo. Devido ao efeito de juros compostos e à deterioração de alavancagem ao longo do tempo, o AGQ é recomendado apenas para operações de curto prazo, não devendo ser mantido por períodos longos.
ProShares UltraShort Silver (ZSL) oferece uma exposição inversa de 2 vezes ao preço da prata, ou seja, busca retorno negativo de 2x do índice LBMA Silver, também com taxa de 0,95%. É voltado para investidores que querem se proteger contra quedas ou especular na baixa do preço da prata. Sua característica de alavancagem e inversão faz com que seja adequado apenas para operações de curto prazo.
Fundo fechado de prata física: PSLV
Sprott Physical Silver Trust (PSLV), lançado em outubro de 2010, possui cerca de 12 bilhões de dólares em ativos. Diferentemente de ETFs tradicionais, que mantêm uma quantidade variável de cotas criadas e resgatadas, o PSLV emite unidades fixas, cujo preço de mercado é determinado pela oferta e demanda. Isso pode gerar descontos ou prêmios em relação ao valor patrimonial. Apesar da estrutura diferente, é bastante popular por oferecer exposição pura à prata física. Sua taxa de administração é de 0,62%, e permite resgate físico mediante solicitação, sendo indicado para investidores de longo prazo.
Ações de mineração: SLVP
iShares MSCI Global Silver and Metals Miners (SLVP), lançado em janeiro de 2012, gerencia cerca de 600 milhões de dólares. Investe em ações de empresas globais de exploração e mineração de prata e metais, com taxa de 0,39%. Distribui dividendos semestralmente, com rendimento inferior a 0,5%. Contudo, apresenta alta volatilidade, grande erro de rastreamento e frequentes mudanças na composição, tornando sua performance menos previsível e com spreads mais amplos.
Opção listada em Taiwan: Future Avenue Silver ETF (00738U)
Lançado em maio de 2018 e listado em junho do mesmo ano, acompanha o índice de retorno excessivo da prata do Dow Jones. Investe em contratos futuros de prata no COMEX, com taxa de 1%. Classificado como de “alta volatilidade”, não distribui dividendos.
Canais de compra para investidores em Taiwan
Opção 1: Corretoras locais com subconta — método principal e seguro
Através de corretoras locais (como Fubon, Cathay, Yuanta, Mega, etc.) que operam com corretoras estrangeiras, é a forma mais comum de investir em ETFs de prata internacionais em Taiwan.
Procedimento: Abrir uma conta de subconta (online ou presencialmente), preparar documentos e dados bancários; escolher liquidação em moeda local ou estrangeira; usar o app ou site da corretora para buscar o código do ETF (como SLV); muitas suportam compras periódicas automáticas.
Vantagens: Regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários, maior segurança; impostos (como retenção de dividendos) são tratados pela corretora; não há necessidade de transferir fundos ao exterior, menor risco.
Desvantagens: Custos de corretagem relativamente altos; opções de negociação limitadas.
Opção 2: Abrir conta no exterior — custos menores
Negociar diretamente via plataformas de corretoras estrangeiras, eliminando intermediários, reduzindo custos e ampliando opções.
Procedimento: Abrir conta online na corretora estrangeira, preparando passaporte, identidade, comprovante de endereço, dados bancários; fazer transferência internacional (dólar ou euro); usar o app ou site para comprar.
Vantagens: Custos de corretagem muito baixos (muitos isentos ou com taxas fixas reduzidas); ampla variedade de ETFs globais; suporte a ferramentas avançadas como opções e margem.
Desvantagens: Interface em inglês em muitas corretoras; questões fiscais e de remessa de fundos ficam por conta do investidor (ex.: retenção de 30% de dividendos nos EUA, que deve ser declarado para reembolso); risco de remessas ao exterior com menor proteção legal.
Considerações fiscais sobre ETFs de prata
Para investidores em Taiwan, os aspectos fiscais ao comprar ETFs de prata dependem do tipo de ETF e da origem dos rendimentos. Como a maioria dos ETFs de prata são produtos de commodities, com baixa distribuição de dividendos, a retenção de imposto nos EUA e o imposto sobre dividendos em Taiwan geralmente não são problemas principais.
ETFs de prata listados em Taiwan: considerados como ações locais, isentos de imposto na compra, com imposto de 0,1% na venda.
ETFs de prata listados no exterior: ganhos de investidores taiwaneses provenientes de ETFs de prata nos EUA são considerados rendimentos de propriedade no exterior, sujeitos à tributação de renda estrangeira. Segundo a legislação, rendimentos de até 1 milhão de dólares taiwaneses por ano estão isentos do imposto mínimo; acima disso, o valor total é incluído na base de cálculo do imposto de renda, com alíquota de 20% sobre o excesso, após dedução de uma isenção de 7,5 milhões de dólares.
Se o investidor tiver perdas em operações de propriedade, pode deduzir essas perdas na declaração, o que é uma vantagem fiscal importante.
Panorama das formas de investir em prata
Existem várias formas de investir em prata, cada uma com vantagens e desvantagens.
ETF de prata: fácil de comprar e vender, alta liquidez, sem necessidade de armazenamento, custos baixos, sem risco de roubo, ideal para iniciantes. Contudo, os custos reduzem o retorno de longo prazo, e não há posse física, podendo haver desvios no rastreamento. Em 2025, a rentabilidade estimada é cerca de 103% após custos, ligeiramente abaixo do aumento do preço da prata.
Prata física (barra): oferece posse real, maior segurança em crises, sem risco de contraparte. Mas custos de armazenamento (1-5% ao ano), risco de roubo, baixa liquidez, spreads e comissões de até 5-6%. Após descontar prêmios, custos de armazenamento e venda, o retorno líquido em 2025 fica entre 95-100%, mais adequado para longo prazo do que para operações de curto prazo.
Futuros de prata: alavancagem elevada, permite controlar grandes posições com pouco capital, suportando operações de alta e baixa. Contudo, o risco é alto, pois a alavancagem pode ampliar perdas até o valor do capital investido, exigindo monitoramento constante e altas margens. Se a direção estiver correta, uma alavancagem de 2x pode gerar mais de 200% de retorno em 2025, mas se errada, as perdas também se ampliam.
Ações de mineração de prata: como ETFs de mineradoras (ex.: SIL), proporcionam efeito de alavancagem pelo crescimento das empresas. Em 2025, podem valorizar cerca de 142%, superando a alta do preço da prata. Porém, envolvem riscos de gestão, regulação, custos, além de maior volatilidade.
Lista de riscos ao investir em ETFs de prata
Apesar da alta liquidez e acessibilidade, os ETFs de prata apresentam riscos que não podem ser ignorados.
Volatilidade de preços: a prata é mais volátil que ouro e ações. Mesmo com valorização de mais de 100% em 2025, historicamente há quedas bruscas, podendo gerar perdas rápidas no curto prazo. Assim, são mais indicados para investidores com alta tolerância ao risco.
Risco de desvios de rastreamento: ETFs de futuros podem ter retorno inferior ao do mercado à vista devido a custos de rolagem; os de posse física, embora mais precisos, têm custos anuais de 0,4-0,5%, que corroem o retorno ao longo do tempo.
Risco cambial e fiscal: ETFs listados no exterior estão sujeitos a variações cambiais e às questões fiscais de renda estrangeira, que o investidor deve estar atento.
Fatores de mercado complexos: o preço da prata é influenciado por geopolítica, demanda industrial (solar, eletrônica), política monetária global, entre outros, dificultando previsões precisas.
Conclusão
Do ponto de vista de alocação de ativos, os ETFs de prata oferecem uma ferramenta prática para quem deseja participar do mercado de prata. Eles resolvem problemas de armazenamento e entrega do ativo físico, oferecendo liquidez e facilidade de negociação, sendo especialmente indicados para investidores que não querem lidar com custos de gestão de bens físicos.
Por outro lado, é importante reconhecer que o preço da prata é bastante volátil, influenciado por fatores industriais e especulativos. Os diferentes ETFs de prata variam em taxas de gestão, métodos de rastreamento (com ou sem alavancagem, posse física ou derivativos). Recomenda-se diversificar a carteira, evitando concentração excessiva em um único produto, e revisar periodicamente o mercado e a própria posição, para garantir que as decisões estejam alinhadas ao perfil de risco do investidor.