Libra/USD rompeu 1.3244, atingindo uma nova alta de um mês. O orçamento do Reino Unido pode sustentar a tendência de alta?
**Desempenho do mercado cambial sob reforço de políticas**
Após o anúncio do orçamento de outono pelo Chanceler do Tesouro do Reino Unido, Rachel Reeves, na quarta-feira, a reação do mercado foi calorosa. Este orçamento, centrado no aumento de impostos, deve gerar aproximadamente 26 bilhões de libras adicionais em receitas fiscais, dobrando a margem fiscal para 22 bilhões de libras, muito acima dos 15 bilhões de libras previstos. Com a implementação do orçamento, o mercado de ações, títulos e câmbio do Reino Unido subiram — o índice FTSE 100 avançou 0,85%, a libra esterlina frente ao dólar subiu 120 pontos até 1.3244, atingindo a maior alta em quase um mês; o preço dos títulos britânicos subiu, levando o rendimento dos títulos de 10 anos a cair para 4,42%.
A tendência de alta de cinco dias consecutivos do libra/dólar gerou especulações no mercado — essa recuperação indica que o ponto de inflexão do câmbio já chegou? No entanto, Morgan Stanley deu uma ducha de água fria nos investidores. O banco acredita que a libra pode ser apenas a última onda de alta impulsionada pelo hedge do orçamento, e anunciou o fim de sua posição otimista na moeda. Morgan Stanley apontou que a correlação entre libra/dólar e o mercado de ações caiu para zero, e que, no curto prazo, a ausência de catalisadores internos positivos representa um golpe substancial na atratividade desse par de moedas.
**Tentativas de política diante de uma crise econômica**
É importante notar que o contexto de implementação deste orçamento não é otimista. A economia do Reino Unido enfrenta múltiplos desafios: crescimento fraco, alta inflação, baixo investimento e estagnação da produtividade. Embora a margem fiscal tenha melhorado, a escala do orçamento é limitada, levantando dúvidas sobre seu impacto no crescimento econômico.
A última avaliação do Office for Budget Responsibility (OBR) é ainda mais preocupante — o órgão revisou para baixo as expectativas de crescimento após 2026, com a taxa potencial de crescimento sendo reduzida para 1,0%, refletindo as claras deficiências do Reino Unido em investimento de capital, progresso tecnológico e produtividade do trabalho. Isso indica que, mesmo com medidas de aumento de impostos, as perspectivas de crescimento de médio prazo do Reino Unido ainda enfrentam considerável pressão.
**Política do Banco Central e enfraquecimento do dólar**
O mercado vê este orçamento como um preparativo para futuras reduções de juros pelo Banco da Inglaterra. Com maior espaço fiscal e melhora no déficit orçamentário, o Banco da Inglaterra ganhou mais margem para ajustes de política. A inflação no Reino Unido caiu para 3,6%, embora ainda não atinja a meta de 2% (prevista para se alcançar apenas em 2027), e as expectativas de corte de juros estão se consolidando.
Vale destacar que a recente alta do libra/dólar também não pode ignorar a fraqueza do dólar. O mercado já precifica uma probabilidade de 85% de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro, com apostas de mais três cortes ao longo do próximo ano. Nesse contexto, a força do libra em relação ao dólar é compreensível.
**Aspecto técnico: a região 1.3200-1.3240 torna-se crucial**
O gráfico diário mostra que o libra/dólar já ultrapassou a marca de 1.3200 e vem em uma sequência de cinco dias de alta, com o indicador AO refletindo uma acumulação de momentum de alta. Se a cotação conseguir se sustentar na faixa de 1.3200-1.3240, há potencial para uma nova tentativa de testar a resistência próxima a 1.3400. Embora não se descarte a possibilidade de um ponto de inflexão de médio prazo, o alerta do Morgan Stanley merece reflexão — será que os fatores políticos são suficientes para sustentar uma alta de longo prazo do libra, ou essa é apenas uma recuperação de fase?
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Libra/USD rompeu 1.3244, atingindo uma nova alta de um mês. O orçamento do Reino Unido pode sustentar a tendência de alta?
**Desempenho do mercado cambial sob reforço de políticas**
Após o anúncio do orçamento de outono pelo Chanceler do Tesouro do Reino Unido, Rachel Reeves, na quarta-feira, a reação do mercado foi calorosa. Este orçamento, centrado no aumento de impostos, deve gerar aproximadamente 26 bilhões de libras adicionais em receitas fiscais, dobrando a margem fiscal para 22 bilhões de libras, muito acima dos 15 bilhões de libras previstos. Com a implementação do orçamento, o mercado de ações, títulos e câmbio do Reino Unido subiram — o índice FTSE 100 avançou 0,85%, a libra esterlina frente ao dólar subiu 120 pontos até 1.3244, atingindo a maior alta em quase um mês; o preço dos títulos britânicos subiu, levando o rendimento dos títulos de 10 anos a cair para 4,42%.
A tendência de alta de cinco dias consecutivos do libra/dólar gerou especulações no mercado — essa recuperação indica que o ponto de inflexão do câmbio já chegou? No entanto, Morgan Stanley deu uma ducha de água fria nos investidores. O banco acredita que a libra pode ser apenas a última onda de alta impulsionada pelo hedge do orçamento, e anunciou o fim de sua posição otimista na moeda. Morgan Stanley apontou que a correlação entre libra/dólar e o mercado de ações caiu para zero, e que, no curto prazo, a ausência de catalisadores internos positivos representa um golpe substancial na atratividade desse par de moedas.
**Tentativas de política diante de uma crise econômica**
É importante notar que o contexto de implementação deste orçamento não é otimista. A economia do Reino Unido enfrenta múltiplos desafios: crescimento fraco, alta inflação, baixo investimento e estagnação da produtividade. Embora a margem fiscal tenha melhorado, a escala do orçamento é limitada, levantando dúvidas sobre seu impacto no crescimento econômico.
A última avaliação do Office for Budget Responsibility (OBR) é ainda mais preocupante — o órgão revisou para baixo as expectativas de crescimento após 2026, com a taxa potencial de crescimento sendo reduzida para 1,0%, refletindo as claras deficiências do Reino Unido em investimento de capital, progresso tecnológico e produtividade do trabalho. Isso indica que, mesmo com medidas de aumento de impostos, as perspectivas de crescimento de médio prazo do Reino Unido ainda enfrentam considerável pressão.
**Política do Banco Central e enfraquecimento do dólar**
O mercado vê este orçamento como um preparativo para futuras reduções de juros pelo Banco da Inglaterra. Com maior espaço fiscal e melhora no déficit orçamentário, o Banco da Inglaterra ganhou mais margem para ajustes de política. A inflação no Reino Unido caiu para 3,6%, embora ainda não atinja a meta de 2% (prevista para se alcançar apenas em 2027), e as expectativas de corte de juros estão se consolidando.
Vale destacar que a recente alta do libra/dólar também não pode ignorar a fraqueza do dólar. O mercado já precifica uma probabilidade de 85% de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro, com apostas de mais três cortes ao longo do próximo ano. Nesse contexto, a força do libra em relação ao dólar é compreensível.
**Aspecto técnico: a região 1.3200-1.3240 torna-se crucial**
O gráfico diário mostra que o libra/dólar já ultrapassou a marca de 1.3200 e vem em uma sequência de cinco dias de alta, com o indicador AO refletindo uma acumulação de momentum de alta. Se a cotação conseguir se sustentar na faixa de 1.3200-1.3240, há potencial para uma nova tentativa de testar a resistência próxima a 1.3400. Embora não se descarte a possibilidade de um ponto de inflexão de médio prazo, o alerta do Morgan Stanley merece reflexão — será que os fatores políticos são suficientes para sustentar uma alta de longo prazo do libra, ou essa é apenas uma recuperação de fase?