Sempre que os derivativos concentram-se na sua data de vencimento, o mercado parece ser pressionado a uma velocidade superior. Nesta sexta-feira, os mercados financeiros globais vão enfrentar uma "tempestade trimestral" — o dia das Três Bruxas. Contratos de futuros de índices, opções e opções de ações individuais vencem simultaneamente, com posições no valor de aproximadamente 6,5 trilhões de dólares a serem liquidadas ou renovadas. Só de pensar nisso, já se percebe a magnitude do volume.

Já viu no mundo cripto alguma entrega trimestral, liquidações em grande escala ou ondas de retirada de exchanges? Se juntar esses fenómenos, multiplicar por dez, é mais ou menos o ritmo de um dia na Wall Street. Até gigantes como o Goldman Sachs dizem que o volume desta vez é "assustador".

Na verdade, para nós, traders acostumados a liquidações por alavancagem, essa lógica não é novidade. Market makers e hedge funds, para controlar a sua exposição ao risco, fazem uma rodada de negociações concentradas antes do vencimento. O resultado é: a volatilidade do mercado aumenta drasticamente a curto prazo, como se alguém tivesse apertado o acelerador.

O dia das Três Bruxas ocorre quatro vezes por ano — na terceira sexta-feira de março, junho, setembro e dezembro. Por que causa tanta agitação no mercado? O segredo está em que quebra o ritmo normal das negociações. Quando uma quantidade enorme de contratos de opções está prestes a vencer, os market makers e corretoras precisam fazer operações de hedge, ajustando suas compras e vendas de acordo.

Isso gera o chamado "efeito de encaixe" — o preço das ações tende a ser atraído para o preço de exercício das opções mais ativas. No mundo cripto, uma situação semelhante ocorre quando um grande número de opções expira concentrado num determinado preço, fazendo com que o preço da moeda seja "atraído" para esse ponto.

De acordo com dados de instituições de pesquisa, a escala desta expiração é sem precedentes.