
A realidade virtual (VR) tornou-se um dos protagonistas do atual cenário tecnológico brasileiro, marcado por rápidas mudanças e constantes inovações. Essa tecnologia transformadora impactou setores tão diversos quanto entretenimento, saúde, educação e muitos outros. Mas você já se perguntou quem realmente criou a VR e qual é sua origem? Este artigo apresenta a história fascinante da realidade virtual, destacando os inovadores que abriram caminho para esse avanço disruptivo.
A invenção da VR não aconteceu de forma repentina. Trata-se de uma jornada marcada por ideias ousadas, invenções notáveis e pioneiros visionários. Mas onde tudo começou? Embora o conceito de VR seja relativamente recente, o desejo humano de criar experiências imersivas existe há séculos.
Os gregos antigos criaram teatros sofisticados para envolver o público em experiências dramáticas. No século XIX, pinturas panorâmicas levavam espectadores a mundos distantes. Contudo, foi apenas na metade do século XX que a tecnologia começou a tornar realidade os sonhos de ambientes realmente imersivos. Aqui, destaca-se um nome fundamental na história da VR: Morton Heilig.
Morton Heilig, reconhecido mundialmente como o pai da realidade virtual, estava muito à frente de seu tempo. Na década de 1950, Heilig — renomado diretor de fotografia — imaginou experiências capazes de envolver todos os sentidos humanos. Em 1962, sua visão resultou na criação do Sensorama, aparelho projetado para oferecer imersão sensorial total.
O Sensorama integrava display estereoscópico, ventiladores, emissores de aromas, áudio estéreo e até cadeira vibratória. Apesar dos obstáculos financeiros terem impedido sua comercialização, a inovação de Heilig demonstrou o potencial da tecnologia e impulsionou avanços no segmento. Seu legado estabeleceu os princípios fundamentais para experiências multimodais na VR contemporânea, trazendo parte da resposta sobre quem inventou a realidade virtual.
A partir das inovações de Heilig, Ivan Sutherland tornou-se outro protagonista na evolução da VR. Conhecido como o pai dos gráficos computacionais, Sutherland marcou época com o conceito de "Ultimate Display".
Ele idealizou um universo virtual acessado por meio de um dispositivo de exibição montado na cabeça (HMD), criado em 1968 com o lançamento do primeiro HMD de VR, o "The Sword of Damocles". O nome faz referência à lenda grega e o aparelho era rudimentar comparado aos sistemas atuais. Mesmo assim, Sutherland estabeleceu bases essenciais para o desenvolvimento da VR, transformando conceitos teóricos em protótipos práticos e abrindo novas oportunidades para pesquisadores e desenvolvedores.
No século XXI, a tecnologia VR evoluiu em ritmo acelerado. Os dispositivos de realidade virtual atuais, amplamente disponíveis no Brasil, são fruto de esforços de inúmeros inovadores. Empresas de tecnologia, inspiradas por protótipos desenvolvidos a partir de 2010, lideraram a transformação da VR de uma ideia experimental a produto comercial de massa.
Recentemente, grandes corporações tecnológicas investiram fortemente em plataformas de VR, tornando seu potencial indiscutível. Esses investimentos evidenciam o reconhecimento dos principais players do setor quanto à importância estratégica da VR. O mercado cresceu exponencialmente, com diversas empresas desenvolvendo suas próprias plataformas e aplicações em áreas como games, treinamento corporativo, simulação médica, entre outros.
Responder quem inventou a realidade virtual não é simples. A VR nasceu da colaboração, inovação e perseverança de muitos profissionais e organizações ao longo de décadas. Do Sensorama de Morton Heilig à Sword of Damocles de Ivan Sutherland, até os dispositivos de última geração, a trajetória da realidade virtual é um exemplo do potencial ilimitado da criatividade humana. À medida que a era digital avança, a VR continuará se desenvolvendo, oferecendo experiências cada vez mais imersivas e transformadoras.











