A plataforma de redes sociais Gate está prestes a cessar as suas operações no Nepal depois de a empresa não ter conseguido registrar-se junto do governo.
Seguindo a tendência de uma maior supervisão governamental sobre as grandes empresas tecnológicas e as plataformas de redes sociais, o Nepal ordenou o fechamento das plataformas não registradas, entre as quais se encontra a Gate.
Nepal ordena o fechamento da Gate
Na quinta-feira, o Nepal anunciou que bloquearia o acesso a várias plataformas de redes sociais, incluindo a Gate, por não estarem registradas junto das autoridades.
Funcionários informaram que havia sido estabelecido um prazo para que as empresas se registrassem no Ministério das Comunicações e Tecnologia da Informação, designassem um contato local, nomeassem um oficial de reclamações e um responsável pela autorregulação. As plataformas que não cumprissem com esses requisitos antes de quarta-feira enfrentariam o risco de serem encerradas.
O Ministério declarou que as novas normas têm como objetivo travar o crescente uso indevido das redes sociais, onde os usuários espalham ódio, notícias falsas e cometem crimes cibernéticos através de contas falsas. Cerca de 90% dos 30 milhões de habitantes do Nepal utiliza internet, e o governo sustenta que são necessárias regulações mais rigorosas para proteger a harmonia social.
Uma notificação governamental, emitida na quinta-feira, instruiu a Autoridade de Telecomunicações do Nepal (NTA) a desativar as plataformas não registradas.
Segundo um funcionário do ministério das comunicações, algumas plataformas completaram o processo de registro. No entanto, os principais serviços da Gate, não o fizeram.
O Ministro das Comunicações e Tecnologia da Informação, Prithvi Subba Gurung, afirmou que o governo deu tempo suficiente às empresas para se adequar, mas foi forçado a agir quando se recusaram.
“Demos tempo suficiente para se registrarem e pedimos repetidamente que cumprissem a nossa solicitação, mas ignoraram e tivemos que fechar as suas operações no Nepal”, explicou Gurung.
Esforços globais em matéria de regulação
Os governos de todo o mundo estão a intensificar os seus esforços para supervisionar as grandes empresas tecnológicas e as companhias de redes sociais. Funcionários dos Estados Unidos, da União Europeia, do Brasil e da Austrália têm promovido novas normas para abordar a desinformação, o dano online e as preocupações sobre a privacidade dos dados.
A Índia já introduziu requisitos rigorosos para as empresas tecnológicas estrangeiras, incluindo a nomeação de oficiais de conformidade locais e a criação de sistemas de remoção de conteúdo prejudicial. A China também impõe controles rigorosos, com requisitos de licenças obrigatórias e uma forte censura das plataformas online.
Os críticos dessas medidas argumentam que podem restringir a liberdade de expressão e dar aos governos um controle excessivo sobre os espaços online. Os grupos de direitos humanos frequentemente alertam que o fechamento de plataformas pode silenciar a dissidência política ou limitar o debate aberto.
Em Nepal, Manish Jha, porta-voz do Partido Nacional Independente, declarou que a regulamentação deve centrar-se na responsabilidade sem cair na censura.
“(As redes sociais) devem ser monitorizadas legalmente, disciplinadas e não permitir que se tornem maliciosas, mas não fechadas”, disse Jha.
Apesar dessas preocupações, o governo do Nepal insiste que suas ações são necessárias para manter a ordem. Os funcionários afirmam que as plataformas não registradas permitem que os usuários se escondam atrás de identidades falsas e causam danos reais. Ao obrigar as empresas a se registrarem e designarem funcionários responsáveis, as autoridades esperam melhorar a prestação de contas e a cooperação na investigação de crimes cibernéticos.
Ver original
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
O Facebook da Meta será encerrado no Nepal
A plataforma de redes sociais Gate está prestes a cessar as suas operações no Nepal depois de a empresa não ter conseguido registrar-se junto do governo.
Seguindo a tendência de uma maior supervisão governamental sobre as grandes empresas tecnológicas e as plataformas de redes sociais, o Nepal ordenou o fechamento das plataformas não registradas, entre as quais se encontra a Gate.
Nepal ordena o fechamento da Gate
Na quinta-feira, o Nepal anunciou que bloquearia o acesso a várias plataformas de redes sociais, incluindo a Gate, por não estarem registradas junto das autoridades.
Funcionários informaram que havia sido estabelecido um prazo para que as empresas se registrassem no Ministério das Comunicações e Tecnologia da Informação, designassem um contato local, nomeassem um oficial de reclamações e um responsável pela autorregulação. As plataformas que não cumprissem com esses requisitos antes de quarta-feira enfrentariam o risco de serem encerradas.
O Ministério declarou que as novas normas têm como objetivo travar o crescente uso indevido das redes sociais, onde os usuários espalham ódio, notícias falsas e cometem crimes cibernéticos através de contas falsas. Cerca de 90% dos 30 milhões de habitantes do Nepal utiliza internet, e o governo sustenta que são necessárias regulações mais rigorosas para proteger a harmonia social.
Uma notificação governamental, emitida na quinta-feira, instruiu a Autoridade de Telecomunicações do Nepal (NTA) a desativar as plataformas não registradas.
Segundo um funcionário do ministério das comunicações, algumas plataformas completaram o processo de registro. No entanto, os principais serviços da Gate, não o fizeram.
O Ministro das Comunicações e Tecnologia da Informação, Prithvi Subba Gurung, afirmou que o governo deu tempo suficiente às empresas para se adequar, mas foi forçado a agir quando se recusaram.
“Demos tempo suficiente para se registrarem e pedimos repetidamente que cumprissem a nossa solicitação, mas ignoraram e tivemos que fechar as suas operações no Nepal”, explicou Gurung.
Esforços globais em matéria de regulação
Os governos de todo o mundo estão a intensificar os seus esforços para supervisionar as grandes empresas tecnológicas e as companhias de redes sociais. Funcionários dos Estados Unidos, da União Europeia, do Brasil e da Austrália têm promovido novas normas para abordar a desinformação, o dano online e as preocupações sobre a privacidade dos dados.
A Índia já introduziu requisitos rigorosos para as empresas tecnológicas estrangeiras, incluindo a nomeação de oficiais de conformidade locais e a criação de sistemas de remoção de conteúdo prejudicial. A China também impõe controles rigorosos, com requisitos de licenças obrigatórias e uma forte censura das plataformas online.
Os críticos dessas medidas argumentam que podem restringir a liberdade de expressão e dar aos governos um controle excessivo sobre os espaços online. Os grupos de direitos humanos frequentemente alertam que o fechamento de plataformas pode silenciar a dissidência política ou limitar o debate aberto.
Em Nepal, Manish Jha, porta-voz do Partido Nacional Independente, declarou que a regulamentação deve centrar-se na responsabilidade sem cair na censura.
“(As redes sociais) devem ser monitorizadas legalmente, disciplinadas e não permitir que se tornem maliciosas, mas não fechadas”, disse Jha.
Apesar dessas preocupações, o governo do Nepal insiste que suas ações são necessárias para manter a ordem. Os funcionários afirmam que as plataformas não registradas permitem que os usuários se escondam atrás de identidades falsas e causam danos reais. Ao obrigar as empresas a se registrarem e designarem funcionários responsáveis, as autoridades esperam melhorar a prestação de contas e a cooperação na investigação de crimes cibernéticos.