À primeira vista, a maioria das pessoas ao ver o Plasma reage provavelmente com um “Ah, mais uma nova cadeia a falar sobre stablecoins”.

Mas nestes últimos dois meses, tenho acompanhado atentamente as movimentações on-chain e também já fiz várias operações na plataforma. Para ser sincero, a minha opinião mudou. O Plasma já não está a vender o habitual “taxas zero” como um simples chamariz; parece mais que está silenciosamente a construir uma autoestrada dedicada ao fluxo de capital: como é que o dinheiro entra, como é que as instituições podem emprestar, como é que os utilizadores comuns podem aceder a esta liquidez através do telemóvel — todo este ecossistema já começou a funcionar.

Há alguns números que falam por si. A equipa oficial da LayerZero analisou um caso: três semanas após o lançamento da mainnet do Plasma, os depósitos líquidos já tinham atingido os 8 mil milhões de dólares. Posteriormente, várias análises destacaram que foi uma das blockchains públicas que mais rapidamente ultrapassou os 10 mil milhões de dólares em depósitos e entrou no top 10 de TVL. Além disso, este capital não foi formado apenas por um único ativo — USD₮, USDe, weETH e outros ativos entraram em conjunto graças ao canal multichain da LayerZero.

Quem já trabalhou em operações de liquidez percebe o que isto significa: esta cadeia, desde o primeiro dia, posicionou-se na via principal dos fluxos financeiros. Os protocolos e as instituições não a estão a usar como ambiente de testes, mas sim a testar diretamente a sua capacidade de liquidação e de gestão cross-chain com dinheiro real.

Mais importante ainda, desde a sua conceção, o Plasma tratou a “interoperabilidade” como uma necessidade fundamental, e não como um remendo posterior. Esta diferença de abordagem coloca-o numa liga completamente diferente da maioria das outras blockchains públicas.