Análise: O próximo presidente da Reserva Federal enfrentará um teste de pressão extremo, com contradições frequentes entre cortes de juros, tarifas e inflação
A 5 de dezembro, o próximo presidente da Reserva Federal sob a liderança do presidente dos EUA, Trump, já enfrenta uma série de tarefas árduas: lidar com mercados financeiros cautelosos, indicadores económicos de difícil interpretação, complexas lutas internas dentro do banco central, e um presidente combativo que este ano dedicará grande parte da sua energia a exigir cortes nas taxas de juro. Mas, ao escolher o candidato final, Trump agravou ainda mais a tensão que o sucessor de Powell na presidência da Fed terá de enfrentar — promovendo políticas que podem exacerbar a inflação, ao mesmo tempo que pressiona a Reserva Federal a declarar vitória sobre a escalada dos preços. Trump continua ainda a defender a aplicação de tarifas, que já aumentaram o preço de diversos bens, enquanto os EUA deverão envolver-se no próximo ano em negociações comerciais potencialmente arriscadas com o Canadá e o México. Estas dinâmicas continuarão a pôr à prova a teoria central da Fed — de que as tarifas apenas impulsionam os preços uma única vez, sem provocar um ciclo inflacionário mais difícil de controlar. A missão do próximo presidente da Reserva Federal está cada vez mais em risco, e quem quer que assuma o cargo terá dificuldades em lidar com estas tensões — mesmo Hassett, conselheiro de longa data de Trump e atualmente visto como favorito, não será excepção. A influência de um presidente da Fed respeitado pode ter limites no que diz respeito à adaptação do seu discurso à propaganda política da administração Trump. Defender cortes nas taxas de juro, afirmar que a economia está a ter um desempenho excelente e negar que as tarifas sejam responsáveis pela inflação — estas três posições são manifestamente contraditórias.
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Análise: O próximo presidente da Reserva Federal enfrentará um teste de pressão extremo, com contradições frequentes entre cortes de juros, tarifas e inflação
A 5 de dezembro, o próximo presidente da Reserva Federal sob a liderança do presidente dos EUA, Trump, já enfrenta uma série de tarefas árduas: lidar com mercados financeiros cautelosos, indicadores económicos de difícil interpretação, complexas lutas internas dentro do banco central, e um presidente combativo que este ano dedicará grande parte da sua energia a exigir cortes nas taxas de juro. Mas, ao escolher o candidato final, Trump agravou ainda mais a tensão que o sucessor de Powell na presidência da Fed terá de enfrentar — promovendo políticas que podem exacerbar a inflação, ao mesmo tempo que pressiona a Reserva Federal a declarar vitória sobre a escalada dos preços. Trump continua ainda a defender a aplicação de tarifas, que já aumentaram o preço de diversos bens, enquanto os EUA deverão envolver-se no próximo ano em negociações comerciais potencialmente arriscadas com o Canadá e o México. Estas dinâmicas continuarão a pôr à prova a teoria central da Fed — de que as tarifas apenas impulsionam os preços uma única vez, sem provocar um ciclo inflacionário mais difícil de controlar. A missão do próximo presidente da Reserva Federal está cada vez mais em risco, e quem quer que assuma o cargo terá dificuldades em lidar com estas tensões — mesmo Hassett, conselheiro de longa data de Trump e atualmente visto como favorito, não será excepção. A influência de um presidente da Fed respeitado pode ter limites no que diz respeito à adaptação do seu discurso à propaganda política da administração Trump. Defender cortes nas taxas de juro, afirmar que a economia está a ter um desempenho excelente e negar que as tarifas sejam responsáveis pela inflação — estas três posições são manifestamente contraditórias.