Quando decidimos investir em preferentes ou em ações ordinárias, geralmente enfrentamos uma escolha fundamental que determina o nosso retorno e exposição ao risco. No entanto, muitos investidores iniciantes não compreendem realmente que diferença existe entre estes dois instrumentos, para além do nome. Ambos são ações, mas os seus direitos, comportamentos e benefícios são radicalmente diferentes.
Por onde Começar: Os Primeiros Passos para Investir
Antes de escolher entre ações preferentes e ordinárias, deve seguir um processo claro:
Selecionar uma plataforma regulada: Procure um corretor confiável com boa reputação
Criar a sua conta: Forneça informações pessoais e financeiras
Definir o seu perfil de risco: Analise quanta volatilidade pode tolerar
Executar ordens estrategicamente: Use ordens a mercado ou limitadas conforme o caso
Considerar alternativas como CFDs: Muitas plataformas oferecem operações sobre diferenças sem possuir as ações
Este quadro inicial é crucial antes de aprofundar em que tipo de ação se ajusta melhor aos seus objetivos.
Anatomia das Ações Ordinárias: Crescimento vs. Volatilidade
As ações comuns representam propriedade fracionada numa empresa. São o instrumento mais familiar nos mercados, mas também aquele que requer maior tolerância ao risco.
Características distintivas:
Conferem direitos de voto em decisões corporativas importantes
Os seus dividendos variam conforme o desempenho financeiro da empresa
Em caso de insolvência, são os últimos a receber compensação
Oferecem maior potencial de valorização de capital
A liquidez das ações ordinárias geralmente é alta, permitindo transações rápidas em mercados principais. No entanto, os seus preços estão sujeitos à volatilidade do mercado, influenciada por fatores económicos e empresariais. Os investidores que adquirem ações comuns procuram tipicamente crescimento a longo prazo, aceitando flutuações como parte do processo.
As Ações Preferentes: Estabilidade Previsível com Limitações
Quando falamos de investir em preferentes, referimo-nos a um instrumento híbrido que combina características de dívida e capital. Contabilisticamente registam-se como património, mas funcionam de forma diferente das ações ordinárias.
Atributos principais:
Geram dividendos a taxa fixa ou pré-estabelecida, frequentemente acumulativos
Não conferem direitos de voto, limitando influência em decisões corporativas
Têm prioridade sobre ações comuns em caso de liquidação (embora por baixo de credores)
São sensíveis a mudanças nas taxas de juro, asemejando-se a obrigações
Existem múltiplas variantes: as acumulativas preservam dividendos não pagos; as não acumulativas perdem-nos; as convertíveis podem transformar-se em ações ordinárias; e as resgatáveis podem ser recompradas pela empresa.
Tabela de Diferenças Chave
Aspecto
Ações Preferentes
Ações Ordinárias
Dividendos
Fixos ou predeterminados
Variáveis conforme rentabilidade
Direitos de Voto
Não possuem
Sim, em decisões corporativas
Prioridade em Liquidação
Intermédia
Última
Potencial de Crescimento
Limitado
Significativo
Risco de Mercado
Baixo-moderado
Significativo
Liquidez
Geralmente limitada
Tipicamente alta
Sensibilidade a Taxas de Juro
Alta
Baixa
Por que os Investidores Escolhem Cada Tipo
Para ações ordinárias:
Investidores com perfil agressivo e horizonte temporal longo optam por este instrumento. Procuram acumular capital através da valorização de preços, aceitando que os dividendos sejam inconsistentes. Estes indivíduos, frequentemente em fases iniciais da sua vida financeira, priorizam o crescimento sobre a segurança.
Para investir em preferentes:
Investidores conservadores, muitas vezes em anos de reforma ou preservação de capital, preferem estas ações. Valorizam os fluxos de rendimento previsíveis e a redução do risco. A combinação de ações preferentes com ordinárias numa carteira permite equilibrar a exposição ao risco enquanto se mantêm retornos relativamente estáveis.
O Comportamento do Mercado: Uma Lição de Contraste
A comparação entre o S&P U.S. Preferred Stock Index e o S&P 500 ilustra claramente como se comportam estes instrumentos. Durante um período de cinco anos, o S&P 500 registou um aumento de 57,60%, enquanto que o índice de ações preferentes caiu 18,05%. Esta divergência não é casual: reflete como a mudança na política monetária afeta de forma desigual estes ativos.
O S&P U.S. Preferred Stock Index, que representa aproximadamente 71% do mercado de ações preferentes negociadas nos EUA, é um referente importante. A sua queda durante períodos de aumento das taxas de juro demonstra que, embora ofereçam estabilidade, as ações preferentes são vulneráveis a mudanças macroeconómicas específicas.
Vantagens e Desvantagens Comparadas
Ações ordinárias:
Vantagem: potencial de crescimento ilimitado, liquidez alta, influência corporativa
Desvantagem: volatilidade considerável, retornos inconsistentes, risco de perda total
Ações preferentes:
Vantagem: rendimentos previsíveis, menor volatilidade, prioridade em liquidação
Desvantagem: potencial limitado de crescimento, liquidez restrita, falta de poder de voto, cláusulas de resgate complicadas
A melhor abordagem não é escolher entre um ou outro, mas combiná-los estrategicamente. Uma carteira diversificada que misture ações comuns para crescimento e preferentes para estabilidade cria um perfil equilibrado. Esta estratégia ajusta-se a diferentes fases da vida: mais agressiva na juventude, mais conservadora na maturidade.
Monitore regularmente o seu investimento, ajuste a sua estratégia conforme mudanças do mercado, e lembre-se que investir em preferentes é uma opção valiosa não como único instrumento, mas como componente de um plano integral.
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Guia Prática para Compreender Ações Preferenciais vs. Ordinárias na sua Estratégia de Investimento
Quando decidimos investir em preferentes ou em ações ordinárias, geralmente enfrentamos uma escolha fundamental que determina o nosso retorno e exposição ao risco. No entanto, muitos investidores iniciantes não compreendem realmente que diferença existe entre estes dois instrumentos, para além do nome. Ambos são ações, mas os seus direitos, comportamentos e benefícios são radicalmente diferentes.
Por onde Começar: Os Primeiros Passos para Investir
Antes de escolher entre ações preferentes e ordinárias, deve seguir um processo claro:
Este quadro inicial é crucial antes de aprofundar em que tipo de ação se ajusta melhor aos seus objetivos.
Anatomia das Ações Ordinárias: Crescimento vs. Volatilidade
As ações comuns representam propriedade fracionada numa empresa. São o instrumento mais familiar nos mercados, mas também aquele que requer maior tolerância ao risco.
Características distintivas:
A liquidez das ações ordinárias geralmente é alta, permitindo transações rápidas em mercados principais. No entanto, os seus preços estão sujeitos à volatilidade do mercado, influenciada por fatores económicos e empresariais. Os investidores que adquirem ações comuns procuram tipicamente crescimento a longo prazo, aceitando flutuações como parte do processo.
As Ações Preferentes: Estabilidade Previsível com Limitações
Quando falamos de investir em preferentes, referimo-nos a um instrumento híbrido que combina características de dívida e capital. Contabilisticamente registam-se como património, mas funcionam de forma diferente das ações ordinárias.
Atributos principais:
Existem múltiplas variantes: as acumulativas preservam dividendos não pagos; as não acumulativas perdem-nos; as convertíveis podem transformar-se em ações ordinárias; e as resgatáveis podem ser recompradas pela empresa.
Tabela de Diferenças Chave
Por que os Investidores Escolhem Cada Tipo
Para ações ordinárias: Investidores com perfil agressivo e horizonte temporal longo optam por este instrumento. Procuram acumular capital através da valorização de preços, aceitando que os dividendos sejam inconsistentes. Estes indivíduos, frequentemente em fases iniciais da sua vida financeira, priorizam o crescimento sobre a segurança.
Para investir em preferentes: Investidores conservadores, muitas vezes em anos de reforma ou preservação de capital, preferem estas ações. Valorizam os fluxos de rendimento previsíveis e a redução do risco. A combinação de ações preferentes com ordinárias numa carteira permite equilibrar a exposição ao risco enquanto se mantêm retornos relativamente estáveis.
O Comportamento do Mercado: Uma Lição de Contraste
A comparação entre o S&P U.S. Preferred Stock Index e o S&P 500 ilustra claramente como se comportam estes instrumentos. Durante um período de cinco anos, o S&P 500 registou um aumento de 57,60%, enquanto que o índice de ações preferentes caiu 18,05%. Esta divergência não é casual: reflete como a mudança na política monetária afeta de forma desigual estes ativos.
O S&P U.S. Preferred Stock Index, que representa aproximadamente 71% do mercado de ações preferentes negociadas nos EUA, é um referente importante. A sua queda durante períodos de aumento das taxas de juro demonstra que, embora ofereçam estabilidade, as ações preferentes são vulneráveis a mudanças macroeconómicas específicas.
Vantagens e Desvantagens Comparadas
Ações ordinárias:
Ações preferentes:
Estratégia Recomendável: Diversificação Inteligente
A melhor abordagem não é escolher entre um ou outro, mas combiná-los estrategicamente. Uma carteira diversificada que misture ações comuns para crescimento e preferentes para estabilidade cria um perfil equilibrado. Esta estratégia ajusta-se a diferentes fases da vida: mais agressiva na juventude, mais conservadora na maturidade.
Monitore regularmente o seu investimento, ajuste a sua estratégia conforme mudanças do mercado, e lembre-se que investir em preferentes é uma opção valiosa não como único instrumento, mas como componente de um plano integral.