A gigante da moeda estável Tether interrompeu suas operações de mineração cripto em grande escala no Uruguai, avaliadas em 500 milhões de dólares, devido a altos custos de energia e à falta de uma estrutura tarifária. A empresa demitiu 30 funcionários no Uruguai, de um total de 38. O gatilho direto para a interrupção das operações da Tether ocorreu em setembro deste ano, após a UTE, fornecedor de energia do país, ter cortado o fornecimento no final de julho devido a uma dívida total de quase 5 milhões de dólares em contas de energia.
Tether e o início e o fim do plano de mineração de 500 milhões de dólares no Uruguai
Em maio de 2023, a Tether colaborou com uma empresa local licenciada para iniciar operações de Mineração de Bitcoin sustentáveis no Uruguai. O CEO da empresa, Paolo Ardoino, afirmou que este país sul-americano “possui uma rede elétrica forte e confiável, capaz de atender às necessidades da indústria moderna”. A Tether planejou investir 500 milhões de dólares desde sua criação, incluindo a construção de três centros de processamento de dados nas províncias de Floridablanca e Tacuarém.
Além disso, a empresa planeja construir um parque de geração de energia eólica e solar com uma capacidade instalada de 300 megawatts. Esta estratégia de integração vertical visa garantir a estabilidade do fornecimento de energia e a controlabilidade dos custos, uma vez que o maior custo do negócio de mineração é a eletricidade. Se for possível construir suas próprias instalações de geração de energia, teoricamente, isso pode reduzir significativamente os custos operacionais a longo prazo e diminuir a dependência da rede elétrica nacional.
No entanto, a Tether apenas gastou 100 milhões de dólares e alocou mais 50 milhões de dólares para infraestrutura. Essas instalações se tornarão propriedade do UTE e do sistema interconectado nacional. Isso significa que uma parte significativa dos 150 milhões de dólares investidos pela Tether se transformou em uma contribuição para a infraestrutura nacional do Uruguai, em vez de ativos controláveis pela própria Tether. Esse arranjo é especialmente irônico após o fracasso do projeto, pois a Tether não apenas falhou em atingir os objetivos de investimento, mas também deixou a infraestrutura para o Uruguai.
A queda do plano Tether no Uruguai
Plano de investimento: 500 milhões de dólares para a construção de três centros de dados + 300 megawatts de parque de geração de energia
Investimento real: apenas 100 milhões de dólares em despesas operacionais + 50 milhões de dólares em infraestrutura
Taxa de conclusão do investimento: 30%, muito abaixo do objetivo definido
Resultado final: retirada total, despedimento de 30 pessoas (representando 79% do total de funcionários)
De maio de 2023 até a retirada em 2025, os negócios da Tether no Uruguai duraram apenas cerca de dois anos e meio. Essa duração de tempo mostra que o projeto não falhou devido a flutuações de curto prazo ou eventos inesperados, mas sim que, ao longo do processo de operação, foram gradualmente descobertos problemas fundamentais de viabilidade econômica.
Falta de pagamento da conta de luz de 5 milhões de dólares leva ao corte de energia como estopim para desinvestimento
A notícia de que a Tether parou de operar no Uruguai veio em setembro, após a empresa de energia do país (UTE) ter cortado o fornecimento de eletricidade no final de julho, devido a uma dívida acumulada de quase 5 milhões de dólares em contas de eletricidade. Este detalhe é extremamente irônico: o maior emissor de moeda estável do mundo, que administra mais de 130 bilhões de dólares em valor de USDT, foi desconectado por dever 5 milhões de dólares em contas de eletricidade.
Esta situação levantou questionamentos em múltiplos níveis. Primeiro, do ponto de vista da gestão financeira, 5 milhões de dólares é uma quantia insignificante para uma empresa do porte da Tether. A empresa gera receitas de juros de bilhões, até dezenas de bilhões de dólares a partir das reservas de USDT a cada trimestre, por que estaria inadimplente em um pagamento tão pequeno? Isso pode sugerir que a Tether não está dando a devida importância ao projeto no Uruguai, ou que internamente já decidiram retirar o investimento, apenas esperando o momento adequado para anunciar.
Este gigante dos ativos de criptografia está em negociações através de sua subsidiária local Microfin para garantir um acordo de fornecimento de energia a longo prazo. No entanto, a incapacidade de pagar dívidas acabou levando a cortes de energia. “Acreditamos no potencial deste país, mas para um projeto de tal escala, uma estrutura tarifária competitiva e previsível é crucial. A falha em alcançar um acordo nos forçou a repensar nossa estratégia,” disse a Tether em uma carta para a UTE em setembro.
Esta declaração revela o cerne do problema: os custos de energia e a estrutura de tarifas. Embora o Uruguai tenha uma rede elétrica confiável, os preços da eletricidade não são competitivos para o negócio de mineração intensiva em energia. Mais importante ainda, a Tether deseja obter um acordo de tarifas elétricas favoráveis a longo prazo, mas as negociações com a UTE claramente não conseguiram alcançar um resultado satisfatório. Na ausência de uma estrutura tarifária clara e garantida a longo prazo, a Tether não pode determinar os custos operacionais futuros, e essa incerteza acabou levando à decisão de desinvestir.
De acordo com o jornal local “Observador”, a empresa demitiu 30 pessoas no Uruguai, tendo o total de funcionários anteriormente sido de 38. A Tether Holdings confirmou a demissão ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS) em uma reunião realizada na terça-feira na sede da Direção Nacional do Trabalho (Dinatra). A demissão de 30 pessoas significa que apenas 8 permanecerão, e esses 8 podem ser responsáveis pelo encerramento do projeto e pela disposição de ativos.
Tether estratégia global de mineração muda para o Paraguai e El Salvador
O fornecedor de moeda estável USDT anunciou um plano mais amplo para controlar cerca de 1% da rede global de Bitcoin. Em julho deste ano, este gigante de ativos de criptografia colaborou com uma empresa de produção sustentável do sul para explorar uma parceria estratégica no campo da mineração de Bitcoin. Embora os recentes contratempos no Uruguai tenham levantado dúvidas sobre a viabilidade da mineração intensiva em energia em um mercado de altos custos, o Paraguai e o Texas atraíram mineradores com eletricidade mais barata.
A Tether anunciou anteriormente planos para estabelecer instalações de mineração de Bitcoin no Paraguai e em El Salvador, com capacidade entre 40 e 70 megawatts por instalação. Esta mudança estratégica mostra que a Tether não abandonou o negócio de mineração em si, mas está em busca de locais mais economicamente viáveis. O Paraguai possui abundantes recursos hidrelétricos, e os custos de energia são altamente competitivos em todo o mundo. El Salvador é o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal, e o governo é altamente amigável com a indústria cripto.
A retirada de investimentos do Uruguai para o Paraguai e El Salvador reflete o ajuste estratégico da Tether, que é baseado na lógica econômica fundamental do setor de Mineração: o custo da eletricidade é um fator decisivo. A experiência de fracasso no Uruguai mostra que, mesmo com uma rede elétrica estável e um ambiente político favorável, se o preço da eletricidade não for competitivo, o setor de Mineração terá dificuldades para continuar. Se os 300 megawatts forem alcançados no Uruguai, se tornará um dos maiores consumidores de eletricidade do país, e a negociação de preços nessa escala é naturalmente complexa e cheia de considerações políticas.
A escala de uma única instalação de 40 a 70 megawatts demonstra que a Tether adotou uma estratégia de expansão mais cautelosa. Diferente do planejamento único de 300 megawatts no Uruguai, esse tipo de implantação descentralizada pode reduzir o risco de um único mercado e facilita ajustes flexíveis com base nos custos de eletricidade e no ambiente político de diferentes locais. Se alguma instalação no Paraguai ou em El Salvador enfrentar problemas, isso não impactará a estratégia geral de mineração.
O objetivo da Tether de controlar cerca de 1% da rede global de Bitcoin ainda existe. Com base na atual capacidade de hash global do Bitcoin, 1% significa que são necessárias centenas de milhares de máquinas de mineração ASIC e centenas de megawatts de fornecimento de eletricidade. O fracasso no Uruguai foi apenas um revés nesse grande plano, a Tether claramente está aprendendo com as lições e procurando locais mais adequados para reimplantação.
Os custos de energia são a chave para a sobrevivência da mineração cripto
O caso do Uruguai destaca a extrema sensibilidade do negócio de mineração cripto aos custos de energia. A mineração de Bitcoin é um setor altamente competitivo, onde a margem de lucro dos mineradores depende de três fatores principais: o preço do Bitcoin, a dificuldade de hash e o custo da eletricidade. Com o preço do Bitcoin e a dificuldade de hash relativamente fixos, o custo da eletricidade torna-se a variável chave que determina lucro ou prejuízo.
A Tether mencionou na carta que “uma estrutura tarifária competitiva e previsível é essencial”, o que revela outro lado do problema: não é apenas a altura dos preços da eletricidade, mas sim a previsibilidade dos preços que é mais importante. O negócio de mineração precisa de operação estável a longo prazo para recuperar o investimento em equipamentos; se os preços da eletricidade variarem drasticamente com as mudanças de política, isso tornará o cálculo do retorno do investimento extremamente não confiável. O Uruguai claramente não consegue fornecer essa garantia de estabilidade.
A indústria global de mineração está passando por uma reconfiguração geográfica. Texas, Paraguai e El Salvador atraem muitas empresas de mineração devido ao fornecimento de eletricidade barato e estável. Em contraste, regiões com altos custos de energia ou políticas instáveis estão perdendo competitividade. O caso de retirada de Tether serve de alerta para outras empresas de criptografia que consideram investir no Uruguai.
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Tether retira-se do Uruguai! Sonho de Mineração de 500 milhões de dólares desfeito, deve 5 milhões em contas de eletricidade e é cortado.
A gigante da moeda estável Tether interrompeu suas operações de mineração cripto em grande escala no Uruguai, avaliadas em 500 milhões de dólares, devido a altos custos de energia e à falta de uma estrutura tarifária. A empresa demitiu 30 funcionários no Uruguai, de um total de 38. O gatilho direto para a interrupção das operações da Tether ocorreu em setembro deste ano, após a UTE, fornecedor de energia do país, ter cortado o fornecimento no final de julho devido a uma dívida total de quase 5 milhões de dólares em contas de energia.
Tether e o início e o fim do plano de mineração de 500 milhões de dólares no Uruguai
Em maio de 2023, a Tether colaborou com uma empresa local licenciada para iniciar operações de Mineração de Bitcoin sustentáveis no Uruguai. O CEO da empresa, Paolo Ardoino, afirmou que este país sul-americano “possui uma rede elétrica forte e confiável, capaz de atender às necessidades da indústria moderna”. A Tether planejou investir 500 milhões de dólares desde sua criação, incluindo a construção de três centros de processamento de dados nas províncias de Floridablanca e Tacuarém.
Além disso, a empresa planeja construir um parque de geração de energia eólica e solar com uma capacidade instalada de 300 megawatts. Esta estratégia de integração vertical visa garantir a estabilidade do fornecimento de energia e a controlabilidade dos custos, uma vez que o maior custo do negócio de mineração é a eletricidade. Se for possível construir suas próprias instalações de geração de energia, teoricamente, isso pode reduzir significativamente os custos operacionais a longo prazo e diminuir a dependência da rede elétrica nacional.
No entanto, a Tether apenas gastou 100 milhões de dólares e alocou mais 50 milhões de dólares para infraestrutura. Essas instalações se tornarão propriedade do UTE e do sistema interconectado nacional. Isso significa que uma parte significativa dos 150 milhões de dólares investidos pela Tether se transformou em uma contribuição para a infraestrutura nacional do Uruguai, em vez de ativos controláveis pela própria Tether. Esse arranjo é especialmente irônico após o fracasso do projeto, pois a Tether não apenas falhou em atingir os objetivos de investimento, mas também deixou a infraestrutura para o Uruguai.
A queda do plano Tether no Uruguai
Plano de investimento: 500 milhões de dólares para a construção de três centros de dados + 300 megawatts de parque de geração de energia
Investimento real: apenas 100 milhões de dólares em despesas operacionais + 50 milhões de dólares em infraestrutura
Taxa de conclusão do investimento: 30%, muito abaixo do objetivo definido
Resultado final: retirada total, despedimento de 30 pessoas (representando 79% do total de funcionários)
De maio de 2023 até a retirada em 2025, os negócios da Tether no Uruguai duraram apenas cerca de dois anos e meio. Essa duração de tempo mostra que o projeto não falhou devido a flutuações de curto prazo ou eventos inesperados, mas sim que, ao longo do processo de operação, foram gradualmente descobertos problemas fundamentais de viabilidade econômica.
Falta de pagamento da conta de luz de 5 milhões de dólares leva ao corte de energia como estopim para desinvestimento
A notícia de que a Tether parou de operar no Uruguai veio em setembro, após a empresa de energia do país (UTE) ter cortado o fornecimento de eletricidade no final de julho, devido a uma dívida acumulada de quase 5 milhões de dólares em contas de eletricidade. Este detalhe é extremamente irônico: o maior emissor de moeda estável do mundo, que administra mais de 130 bilhões de dólares em valor de USDT, foi desconectado por dever 5 milhões de dólares em contas de eletricidade.
Esta situação levantou questionamentos em múltiplos níveis. Primeiro, do ponto de vista da gestão financeira, 5 milhões de dólares é uma quantia insignificante para uma empresa do porte da Tether. A empresa gera receitas de juros de bilhões, até dezenas de bilhões de dólares a partir das reservas de USDT a cada trimestre, por que estaria inadimplente em um pagamento tão pequeno? Isso pode sugerir que a Tether não está dando a devida importância ao projeto no Uruguai, ou que internamente já decidiram retirar o investimento, apenas esperando o momento adequado para anunciar.
Este gigante dos ativos de criptografia está em negociações através de sua subsidiária local Microfin para garantir um acordo de fornecimento de energia a longo prazo. No entanto, a incapacidade de pagar dívidas acabou levando a cortes de energia. “Acreditamos no potencial deste país, mas para um projeto de tal escala, uma estrutura tarifária competitiva e previsível é crucial. A falha em alcançar um acordo nos forçou a repensar nossa estratégia,” disse a Tether em uma carta para a UTE em setembro.
Esta declaração revela o cerne do problema: os custos de energia e a estrutura de tarifas. Embora o Uruguai tenha uma rede elétrica confiável, os preços da eletricidade não são competitivos para o negócio de mineração intensiva em energia. Mais importante ainda, a Tether deseja obter um acordo de tarifas elétricas favoráveis a longo prazo, mas as negociações com a UTE claramente não conseguiram alcançar um resultado satisfatório. Na ausência de uma estrutura tarifária clara e garantida a longo prazo, a Tether não pode determinar os custos operacionais futuros, e essa incerteza acabou levando à decisão de desinvestir.
De acordo com o jornal local “Observador”, a empresa demitiu 30 pessoas no Uruguai, tendo o total de funcionários anteriormente sido de 38. A Tether Holdings confirmou a demissão ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS) em uma reunião realizada na terça-feira na sede da Direção Nacional do Trabalho (Dinatra). A demissão de 30 pessoas significa que apenas 8 permanecerão, e esses 8 podem ser responsáveis pelo encerramento do projeto e pela disposição de ativos.
Tether estratégia global de mineração muda para o Paraguai e El Salvador
O fornecedor de moeda estável USDT anunciou um plano mais amplo para controlar cerca de 1% da rede global de Bitcoin. Em julho deste ano, este gigante de ativos de criptografia colaborou com uma empresa de produção sustentável do sul para explorar uma parceria estratégica no campo da mineração de Bitcoin. Embora os recentes contratempos no Uruguai tenham levantado dúvidas sobre a viabilidade da mineração intensiva em energia em um mercado de altos custos, o Paraguai e o Texas atraíram mineradores com eletricidade mais barata.
A Tether anunciou anteriormente planos para estabelecer instalações de mineração de Bitcoin no Paraguai e em El Salvador, com capacidade entre 40 e 70 megawatts por instalação. Esta mudança estratégica mostra que a Tether não abandonou o negócio de mineração em si, mas está em busca de locais mais economicamente viáveis. O Paraguai possui abundantes recursos hidrelétricos, e os custos de energia são altamente competitivos em todo o mundo. El Salvador é o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal, e o governo é altamente amigável com a indústria cripto.
A retirada de investimentos do Uruguai para o Paraguai e El Salvador reflete o ajuste estratégico da Tether, que é baseado na lógica econômica fundamental do setor de Mineração: o custo da eletricidade é um fator decisivo. A experiência de fracasso no Uruguai mostra que, mesmo com uma rede elétrica estável e um ambiente político favorável, se o preço da eletricidade não for competitivo, o setor de Mineração terá dificuldades para continuar. Se os 300 megawatts forem alcançados no Uruguai, se tornará um dos maiores consumidores de eletricidade do país, e a negociação de preços nessa escala é naturalmente complexa e cheia de considerações políticas.
A escala de uma única instalação de 40 a 70 megawatts demonstra que a Tether adotou uma estratégia de expansão mais cautelosa. Diferente do planejamento único de 300 megawatts no Uruguai, esse tipo de implantação descentralizada pode reduzir o risco de um único mercado e facilita ajustes flexíveis com base nos custos de eletricidade e no ambiente político de diferentes locais. Se alguma instalação no Paraguai ou em El Salvador enfrentar problemas, isso não impactará a estratégia geral de mineração.
O objetivo da Tether de controlar cerca de 1% da rede global de Bitcoin ainda existe. Com base na atual capacidade de hash global do Bitcoin, 1% significa que são necessárias centenas de milhares de máquinas de mineração ASIC e centenas de megawatts de fornecimento de eletricidade. O fracasso no Uruguai foi apenas um revés nesse grande plano, a Tether claramente está aprendendo com as lições e procurando locais mais adequados para reimplantação.
Os custos de energia são a chave para a sobrevivência da mineração cripto
O caso do Uruguai destaca a extrema sensibilidade do negócio de mineração cripto aos custos de energia. A mineração de Bitcoin é um setor altamente competitivo, onde a margem de lucro dos mineradores depende de três fatores principais: o preço do Bitcoin, a dificuldade de hash e o custo da eletricidade. Com o preço do Bitcoin e a dificuldade de hash relativamente fixos, o custo da eletricidade torna-se a variável chave que determina lucro ou prejuízo.
A Tether mencionou na carta que “uma estrutura tarifária competitiva e previsível é essencial”, o que revela outro lado do problema: não é apenas a altura dos preços da eletricidade, mas sim a previsibilidade dos preços que é mais importante. O negócio de mineração precisa de operação estável a longo prazo para recuperar o investimento em equipamentos; se os preços da eletricidade variarem drasticamente com as mudanças de política, isso tornará o cálculo do retorno do investimento extremamente não confiável. O Uruguai claramente não consegue fornecer essa garantia de estabilidade.
A indústria global de mineração está passando por uma reconfiguração geográfica. Texas, Paraguai e El Salvador atraem muitas empresas de mineração devido ao fornecimento de eletricidade barato e estável. Em contraste, regiões com altos custos de energia ou políticas instáveis estão perdendo competitividade. O caso de retirada de Tether serve de alerta para outras empresas de criptografia que consideram investir no Uruguai.